segunda-feira, 18 de maio de 2009

Neurociências

HISTÓRIA DAS IDÉIAS PSICOLÓGICAS

Tendo em vista o contexto histórico atual, a avaliação psicológica vem passando por um processo de aprimoramento técnico-científico. Em pesquisas sobre o avanço de técnicas de neuroimagens na abordagem psicológica, pesquisadores como: HILGETAG, C. C. e BARBAS,H. Processos que esculpiram o cérebro. Scientific American Brasil, nº 82, pág 70 a 73 - Duetto,Março 2009; Sabbatini, R.M.E.: A Descoberta da Bioeletricidade - Revista Cérebro & Mente,Jun/Ago 1998; Sabbatini, R.M.E.: A História da Psicocirurgia - Revista Cérebro & Mente,Jun/Ago 1997; Bear, Mark F.,Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso / fundamentos parte I, cap.I; e Lambert, Kelly; Neurociência Clínica: as bases neurobiológicas da saúde /cap.1; cap. 2; cap. 3, descrevem a história desses instrumentos como também o seu avanço no que se refere à utilização nos estudos psicológicos dentro do contexto da saúde mental.

Faz-se necessária a utilização de recursos e técnicas psicológicas, como também a inserção de novas abordagens para o entendimento da saúde mental e avaliação do grau de déficits cerebrais que muitas psicopatologias desencadeiam ao longo do seu curso. Para isto, o uso da neurociência é parte importante do processo psicodiagnóstico.

A avaliação, através dos mais variados métodos e técnicas, visa a descrever e classificar o comportamento das pessoas com o objetivo de enquadrá-lo dentro de alguma tipologia, que permita ao sujeito tirar conclusões sobre os outros e, assim, saber como ele mesmo deve se comportar e agir em relação a esses outros.

Durante muito tempo, a avaliação psicológica ficou quase que restrita ao uso de testes psicológicos. Eram utilizados aqueles considerados tradicionais, ou seja, os instrumentos apresentados e ensinados nas disciplinas específicas das universidades. Com os avanços na compreensão da saúde mental e com a introdução de novas abordagens psicológicas foi possível a construção de novas técnicas – projetivas – que ampliaram o entendimento do funcionamento psíquico e da personalidade como algo dinâmico e global.

Atualmente, a avaliação psicológica é parte importante da atuação profissional do psicólogo, oferecendo amplo campo de atuação. Um dos alicerces de tal prática constitui-se em utilização de técnicas projetivas e objetivas. Neste processo, os testes psicológicos tornaram-se ferramentas essenciais, acompanhados de várias outras fontes de informações.

O psicodiagnóstico, modalidade de avaliação referente à esfera clínica, legitima o
psicólogo para a prática diagnóstica. Neste, os dados advém de fontes que vão além de
descrições de aspectos clínicos. Em uma definição mais abrangente, Cunha, Freitas e Raymundo (1993, p.5), descrevem o psicodiagnóstico como “um processo científico, limitado no tempo, que utiliza métodos e técnicas psicológicas (input), em nível individual ou não, entendendo, à luz dos princípios teóricos, os problemas, identificando e avaliando aspectos específicos, classificando o caso e prevendo seu curso possível, para comunicar resultado (output)”.

Pode-se considerar a avaliação psicodiagnóstica, necessariamente, um processo
integrado que requer minucioso trabalho de investigação das áreas bio-psico-social,
associação de eventos, clarificações e descobertas. Na área clínica busca-se um trabalho investigativo, no qual o enfoque principal torna-se o diagnóstico, prognóstico e indicação de condutas terapêuticas. Dentro da área da saúde mental, torna-se importante atingir o objetivo do diagnóstico e, para tal, o psicólogo deve estar bem qualificado e instrumentalizado. Sob estes aspectos, a utilização da avaliação psicológica em um contexto hospitalar psiquiátrico ou de saúde mental visa a englobar áreas de investigação da personalidade e aspectos neuropsicológicos envolvendo os processos cognitivos subjacentes ou não à atividade do sistema nervoso em condições normais e patológicas.

Com a avaliação através da neuroimagem, é possível incrementar o conhecimento sobre os mecanismos cerebrais subjacentes a: síndromes clínicas, sintomas específicos e déficits neuropsicológicos específicos. Em alguns casos, podem dar reforço a hipóteses etiológicas: Presença de alterações no início da doença: neurodesenvolvimento? Progressão das alterações ao longo do tempo: processo degenerativo?

Pistas a partir da natureza da alteração identificada(ex: hiperintensidades) fornecem dados que podem ampliar possibilidades terapêuticas: Ressaltar aspectos neuroquímicos que podem ser abordados com novas drogas, ressaltar áreas/circuitos mais relevantes para a ação de novas intervenções. Podem reforçar a necessidade do uso de medidas preventivas:Para evitar a progressão de alterações cerebrais.

Dentro desta perspectiva, o principal objetivo é alcançar uma maior precisão
diagnóstica e obter uma melhor qualificação da atividade profissional do psicólogo. Sendo o diagnóstico o primeiro passo a ser tomado e dele dependem as condutas terapêuticas a serem seguidas, faz-se necessário seu aprimoramento. Dependendo da acurácia do processo de avaliação, medidas serão tomadas e certamente trarão conseqüências positivas ou negativas para os pacientes, as quais poderão garantir ou não um tratamento bem sucedido e com isso a melhoria da qualidade de vida.

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