sexta-feira, 13 de março de 2009

Língua Portuguesa

Crítica Cinematográfica do filme "O Terminal"


O filme “O Terminal” conta a história de um homem que fica preso no terminal do aeroporto internacional JFK nos U.S.A., por ter sua entrada negada e não poder retornar ao seu país de origem, a Krakozhia, devido a uma revolução. Enquanto Viktor (o visitante) viaja de avião para a cidade de Nova Iorque, o governo de seu país sofre um golpe de estado e seu passaporte perde a validade, deixando-o preso no aeroporto por nove meses.


Não houve, de imediato, uma comunicação adequada entre o visitante estrangeiro e os funcionários do aeroporto em função do mesmo não conhecer o código local. O diretor do aeroporto não conseguiu transmitir a mensagem ao Viktor, de que o mesmo não poderia entrar no país, pois não utilizou uma linguagem adequada. Esta situação não gerou alteração no comportamento do receptor, pois não captou os sinais emitidos pelo emissor.


Viktor só começou a tomar consciência de que algo grave estava acontecendo em seu país quando ouviu o hino da Krakozhia e viu na televisão cenas de bombardeios e tiroteios (linguagem não verbal).


A falta de conhecimento dos códigos causou distorção em sua atividade real naquele país. Uns acreditavam ser ele um espião, outros um especialista em construção e até mesmo um empreiteiro.


A linguagem não verbal, representada por sinalizações de vitrines, placas de advertência, que são universais, fez-se presente e de grande utilização para ele, apesar do filme mostrar claramente que os transeuntes do aeroporto nem sempre as percebem.


As cores (linguagem não verbal) foram preponderantes no estabelecimento de normas e regras de condutas do visitante no cumprimento das leis locais. Até que o primeiro contato com livros o levou a comparação do código local, com o seu. Fazendo uma leitura de um e de outro com o mesmo conteúdo, pôde aprender um pouco do código de linguagem local e ter chances de sobrevivência.


Em dado momento o visitante foi ao balcão de imigração e argumentou com a funcionária que tinha “meio-a-meio” de chance de conseguir o visto; ele estava utilizando signos d o novo código aprendido. A partir daí a comunicação entre Viktor e os demais foi realmente estabelecida.


Ao se dar conta de que a palavra, em sua língua (código) poderia lhe dar poder, utilizou-a e salvou um compatriota.


O merchandising (linguagem verbal) apareceu em vários momentos, fazendo a conectividade do produto e sua utilidade. A necessidade de alimentar-se, fez com que procurasse um meio de arrecadar dinheiro. Na observação, percebeu que ao entregar um carrinho de carga no local de depósito do mesmo, o entregador era remunerado pelo gesto (linguagem não verbal). Assim, o meio de sobrevivência foi solucionado, até que o diretor do aeroporto o impedisse de fazer as coletas, mudando as normas, contratando um operário para exercer aquela atividade.


Mas, em seguida, encontrou outro meio de suprir suas necessidades, servindo de intermediário entre um homem e uma mulher, buscando a união deles (linguagem verbal).


Ao final, observamos que o homem dentro dos limites do contexto apresentado, teve o controle da situação, durante sua estadia naquele aeroporto, criando com o seu modo de comunicação uma liderança, um modelo de vida, se utilizando inicialmente da linguagem não verbal e posteriormente da linguagem verbal.


Assim sendo, constatamos que é essencial se ter o domínio do código local para conseguir se estabelecer uma comunicação adequada através da linguagem verbal.