sexta-feira, 27 de março de 2009

Antropologia Filosófica

TEXTO ILUSTRADO SOBRE
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA REFLEXÃO SOBRE A CONDIÇÃO HUMANA


quinta-feira, 26 de março de 2009

Educação das Emoções

EDUCAÇÃO DAS EMOÇÕES

VÍDEO: INDICANDO AS EMOÇÕES

Há 10 anos, os entrevistados Lúcia Maria de Carvalho e Steven Gonsalves Portnoi passaram por uma experiência traumatizante que dividiu suas vidas em dois momentos: antes e depois da perda de seus entes queridos.

Lúcia perdeu seu filho mais velho em um acidente de carro, mas o mesmo só veio falecer 15 dias após o acidente, ficando internado na UTI de um hospital. Segundo a entrevistada, estes 15 dias foram os piores de sua vida e neste momento sentiu-se desesperada e desamparada (Raiva Adquirida). Mas buscou, em seus outros filhos, a força para continuar a viver. Entretanto, junto com esta força, veio a preocupação excessiva com os filhos que continuaram vivos (Medo Adquirido). Porém, não permitiu que a raiva e o medo lhe impedissem de viver plenamente, planejando o futuro. Hoje, Lúcia diz conviver bem com a dor e a saudade muito grandes, geradas pela lembrança do filho (Tristeza Adquirida). Percebe-se nitidamente que a entrevistada se emociona muito ao lembrar de todo o acontecido, mas que não sabe definir muito bem as emoções sentidas.

Quando tinha 08 anos, Steven perdeu os pais em um acidente de ultraleve. Ele conta que naquele momento não tinha ainda muita compreensão da gravidade do fato, mas que sentiu muito medo (Medo Adquirido) por não saber como seria sua vida dali para a frente. Posteriormente, quando teve uma compreensão melhor do fato e da importância dos pais na vida da criança/adolescente, passou a sentir raiva (Raiva Adquirida), em função disto ter acontecido justamente com seus pais. Ainda hoje, sente medo de se entregar aos relacionamentos, em função do medo da perda (Medo Adquirido). Sente também grande saudade (Tristeza Adquirida), mas se sente feliz, pois apesar de não ter tido a educação dos pais, procurou seguir na vida caminhos que lhes dessem orgulho. Nota-se que o entrevistado possui dificuldade em demonstrar suas emoções, mas que sabe diferenciá-las e defini-las muito bem.

Podemos perceber, em ambos os casos, a existência das mesmas emoções: medo, raiva e tristeza, todos adquiridos através do processo de perda dos entes queridos. Porém, os entrevistados conseguiram de alguma forma, que eles chamam de “tempo”, superar a ausência dos entes e dar continuidade às suas vidas.



sexta-feira, 13 de março de 2009

Língua Portuguesa

Crítica Cinematográfica do filme "O Terminal"


O filme “O Terminal” conta a história de um homem que fica preso no terminal do aeroporto internacional JFK nos U.S.A., por ter sua entrada negada e não poder retornar ao seu país de origem, a Krakozhia, devido a uma revolução. Enquanto Viktor (o visitante) viaja de avião para a cidade de Nova Iorque, o governo de seu país sofre um golpe de estado e seu passaporte perde a validade, deixando-o preso no aeroporto por nove meses.


Não houve, de imediato, uma comunicação adequada entre o visitante estrangeiro e os funcionários do aeroporto em função do mesmo não conhecer o código local. O diretor do aeroporto não conseguiu transmitir a mensagem ao Viktor, de que o mesmo não poderia entrar no país, pois não utilizou uma linguagem adequada. Esta situação não gerou alteração no comportamento do receptor, pois não captou os sinais emitidos pelo emissor.


Viktor só começou a tomar consciência de que algo grave estava acontecendo em seu país quando ouviu o hino da Krakozhia e viu na televisão cenas de bombardeios e tiroteios (linguagem não verbal).


A falta de conhecimento dos códigos causou distorção em sua atividade real naquele país. Uns acreditavam ser ele um espião, outros um especialista em construção e até mesmo um empreiteiro.


A linguagem não verbal, representada por sinalizações de vitrines, placas de advertência, que são universais, fez-se presente e de grande utilização para ele, apesar do filme mostrar claramente que os transeuntes do aeroporto nem sempre as percebem.


As cores (linguagem não verbal) foram preponderantes no estabelecimento de normas e regras de condutas do visitante no cumprimento das leis locais. Até que o primeiro contato com livros o levou a comparação do código local, com o seu. Fazendo uma leitura de um e de outro com o mesmo conteúdo, pôde aprender um pouco do código de linguagem local e ter chances de sobrevivência.


Em dado momento o visitante foi ao balcão de imigração e argumentou com a funcionária que tinha “meio-a-meio” de chance de conseguir o visto; ele estava utilizando signos d o novo código aprendido. A partir daí a comunicação entre Viktor e os demais foi realmente estabelecida.


Ao se dar conta de que a palavra, em sua língua (código) poderia lhe dar poder, utilizou-a e salvou um compatriota.


O merchandising (linguagem verbal) apareceu em vários momentos, fazendo a conectividade do produto e sua utilidade. A necessidade de alimentar-se, fez com que procurasse um meio de arrecadar dinheiro. Na observação, percebeu que ao entregar um carrinho de carga no local de depósito do mesmo, o entregador era remunerado pelo gesto (linguagem não verbal). Assim, o meio de sobrevivência foi solucionado, até que o diretor do aeroporto o impedisse de fazer as coletas, mudando as normas, contratando um operário para exercer aquela atividade.


Mas, em seguida, encontrou outro meio de suprir suas necessidades, servindo de intermediário entre um homem e uma mulher, buscando a união deles (linguagem verbal).


Ao final, observamos que o homem dentro dos limites do contexto apresentado, teve o controle da situação, durante sua estadia naquele aeroporto, criando com o seu modo de comunicação uma liderança, um modelo de vida, se utilizando inicialmente da linguagem não verbal e posteriormente da linguagem verbal.


Assim sendo, constatamos que é essencial se ter o domínio do código local para conseguir se estabelecer uma comunicação adequada através da linguagem verbal.